27 Nov 2018 12:51
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<h1>Olhe 5 Dicas Pra Discursar A respeito Si Mesmo Durante Uma Entrevista De Emprego</h1>
<p>No momento em que alguém começou a partilhar fotos da adolescência de Fernando (nome fictício), de 25 anos, entre a família de tua namorada, ele sabia que isso estava distanciado de ser apenas uma brincadeira. Morador de uma capital nordestina, o jovem é transexual e aparece nas imagens, publicadas pela web, com a aparência que tinha antes de iniciar teu método de transição pro gênero masculino -quer dizer, ainda como uma guria.</p>
<p>E foi dessa forma, deste jeito nada sutil, que seu sogro soube de tua condição. Desde desta forma, Fernando tenta remover essas imagens e impossibilitar que voltem a ser usadas para constrangê-lo. O problema é que elas estão postadas em um perfil que ele construiu em 2006 no Fotolog, mídia social febre pela década passada.</p>
<p>Hoje, quase abandonada, evita seus usuários de acessarem e apagarem suas artigos. Fernando à BBC Brasil. Seu caso não é único: pela internet, pipocam relatos parecidos. Carolina (nome fictício), de vinte e sete anos, vive no coração do país e não teve uma experiência traumática como a do rapaz. Porém, ao tentar acessar teu perfil pra pegar do ar fotos hoje indesejadas, se deparou com a mesma problema. Se voltarmos no tempo, a moda dez anos atrás era sacar uma máquina fotográfica Sony Cybershot, fazer o registro e sair em busca da lan house mais próxima pra postá-lo no Fotolog.</p>
<p>A alegação era novidade: um serviço de blog em que cada postagem tinha uma imagem como enorme estrela, muitas vezes acompanhada de longos textos. No Brasil, chegou a alçar pessoas à fama. Pra ela, a plataforma não soube evoluir. Parado no tempo, o website mantém congeladas fotos que diversas pessoas nem sequer lembram que existem. Ainda propagandeia teu app, retirado há tempos das lojas da Apple e do Google. Restam alguns poucos usuários ativos, que são passageiros de uma espécie de nave espacial desgovernada no mundo da web. Quem se lembrou de tuas fotos -e correu para apagá-las- se deparou com um abacaxi.</p>
<ul>
<li>Defina objetivos para o seu site</li>
<li>É utilizado por imensas faixas etárias de público</li>
<li>Chama atenção pra produtos novos</li>
<li>Persista - mesmo se tudo parecer desfavorável zoom_out_map</li>
<li>1/2 colher de chá de pimenta-do-reino moída</li>
<li>Ela recebe buscas suficientes por mês</li>
</ul>
<p>O problema descrito na maioria é que o serviço de recuperação de senha do web site não dá certo. Ele deveria, após o detalhe do nome do usuário, enviar um e-mail com um link permitindo elaborar uma nova, o que simplesmente não ocorre mais. Alguns, a exemplo de Carolina, têm mais um defeito: em meados da década passada, era comum uma só pessoa montar muitas contas de e-mail em diferentes provedores de web.</p>
<p>Com isso, há quem não lembre qual endereço eletrônico cadastrou no Fotolog ou tenha desativado precisamente aquele que foi utilizado. No blog Reclame Por aqui, que reúne queixas sobre produtos e serviços, as citações à plataforma têm crescido nos últimos meses, todas sem resposta. Assim como há relatos em outros fóruns virtuais e no Facebook. A BBC Brasil fez um teste e tentou entrar em contato com a administração do site pelo serviço "Responda Conosco".</p>
<p>Todos os e-mails ficaram sem resposta, a exemplo do que Fernando havia relatado: "É como se não existisse ninguém que olhasse estas mensagens". Nascido em 2002 em Nova York, o Fotolog foi vendido em 2007 ao grupo francês Hi-Media, da área de publicidade e pagamentos digitais. O plano era claro: tornar o serviço rentável, estímulo de 10 entre 10 plataformas semelhantes à data. A organização se gabava de que o blog era um dos 20 mais visitados em o mundo todo e brigava pelo topo entre as mídias sociais em países como Chile, Argentina e Espanha.</p>
<p>Noventa milhões (em valores da época), pagos em dinheiro e em ações da compradora francesa. Nos dias atuais, no entanto, encontrar os responsáveis não é tarefa descomplicado. A Hi-Media ainda é apontada como a dona do Fotolog pelo respectivo blog, todavia tua porta-voz argumentou não poder apontar uma solução para a dificuldade já que, de acordo com ela, a organização não é mais a proprietária. E não respondeu mais às mensagens da BBC Brasil. Em um comunicado enviado à imprensa em dezembro passado, o grupo francês anunciou que "um empresário" ganhou 51% do website -no balanço financeiro do primeiro semestre deste ano, diz ainda ter 49% do negócio. A BBC Brasil também procurou Scott Heiferman, fundador do web site, pra acompanhar se ele tinha pistas. Entretanto o empreendedor da internet, que não posta nada em teu perfil desde 2008, um ano após deixar o negócio, não quis conversar sobre isto.</p>
<p>Alegou só não manter "contato com ninguém a respeito do Fotolog há anos". A reportagem levou três semanas pra distinguir este novo e misterioso dono: o empresário francês Sven Lung, que tem numerosos negócios pela internet. No Brasil, é dono do website Doutíssima, dedicado a saúde e bem-estar. Por meio deste website, a BBC Brasil pediu para conversar com Lung e enviou perguntas sobre a dificuldade relatado pelos ex-usuários. Foi informada, no entanto, que o "Fotolog e o Doutíssima são empresas distintas", e que deveria procurar a Hi-Media.</p>